Total de visualizações de página

sábado, 26 de abril de 2008

Reflexões no mundo da matemática

Como seria se todas as pessoas tivessem este ensino? O ensino onde o fabuloso pesquisador Jean Piaget (1987) diz que a questão do pensamento matemático e as operações lógico matemáticas estão ligadas às ações mais gerais que podem ser aplicadas nos objetos como agrupar, separar, ordenar , estabelecer correspondências etc. Todas estas atividades que nomeamos de simples são umas das mais importantes para organizarmos nossa mente durante o período escolar. Muitas pessoas com uma boa organização mental é organizada físicamente. Difícilmente não sabe o que quer da vida. É uma pessoa esclarecida.
Percebo hoje que o ensino aprendizagem nas escolas se fosse organizado ao conhecimento de relacionamentos dos alunos não teríamos tanto transtorno de transferências, ocorrências e crianças com transtornos emocionais.
Uma experiência:
Tive um aluno que notadamente é hiperativo. A família não aceitava o tratamento. O ano todo o aluno sofreu com transtornos emocionais e castigos. Conversava com a família e fiz um parecer que o bisavô levou ao médico. Diagnóstico: o aluno é hiperativo e está em tratamento. É outra criança neste ano. Não esta na minha turma. Esta aprendendo a ler e é concentrado na aprendizagem.
Outra experiência seria um aluno que tive este ano muito violento. Era criado pela avó e veio transferido de outra escola. Ama a mãe e não aceita viver longe dela. Isto eu só descobri depois de muito conversar com ele. Compreendi que as atitudes que ele tinha com os colegas de ressentimentos e de chamar a atenção a todo momento era em função de querer ser ouvido nos seus sentimentos. As crianças refletem em sala de aula o mundo que sentem dentro delas. Hoje ele esta morando com a mãe que já tem uma outra família. E foi novamente transferido mas, esta feliz junto da mãe. O que queria relatar aqui é que a sala de aula vira um campo de batalha por motivos não esclarecidos no início do ano. Isto desgasta o professor de tanto pedir silêncio com atitudes dos alunos. A disciplina de Ciências nos ensina a observar o mundo de diversas maneiras o da criança, o nosso e o conjunto deles. A matemática nos ensina como organizar isto tudo nos seus devidos lugares.
Se fosse melhor administrado este setor com certeza alunos e professores se sentiriam bem melhor. Fazemos a nossa parte mais do que imaginamos fazer no nosso dia a dia.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Ciências












Esta é uma demonstração de atividade interessante e diferente que podemos utilizar para representar o mundo e conhecermos um pouco de nós e de nossos alunos. Fotografei estas duas folhas de ofício com desenhos propostos para os alunos desenharem e para comparei com outros.
O desenho do pai que o aluno deveria desenhar como proposto pela professora ele desenhou e apagou. Não desenhando mais nada no referido lugar do papel. Na hora de desenhar o sentimento de raiva proposto pela professora, ele iniciou desenhando o mesmo desenho do pai e apagou desenhando no lugar um cachorro. Perguntei a uma psicóloga se ela poderia esclarecer e disse que estava indefinido o desenho nos dois lugares no papel e portanto é um menino com problemas familiares. Ao pedir maiores esclarecimentos constatei realmente problemas muito sérios na família.

Estudos Sociais

A semana do aniversário de Porto Alegre rendeu margem para várias descobertas dos alunos. Primeiramente, muitos não conheciam certos pontos turísticos e recortaram dos jornais pontos da cidade e trouxeram para a sala de aula. Comentamos sobre fatos históricos. Como por exemplo a escolha do símbolo da cidade.
Surgiu o ônibus da Carris na escola "Memória Carris". Porto Alegre se urbaniza 1845 - 1871. Eu nunca tinha visto. É um ônibus comum e a criança entra e tudo está exposto dentro dele.A moça instrutora explicou que quem dirigi hoje o ônibus chama-se motorista e no tempo do bonde era "motorneiro". Aproveitei a oportunidade para levá-los e aprenderam mais acontecimentos históricos como o bonde elétrico que havia na cidade há muito tempo atrás e que com ele houve a expansão da cidade. Foi bem interessante esta noção de crescimento até os dias de hoje. Os alunos traziam todo dia acontecimentos recortados de jornais e revistas. Houve uma aluna que trouxe colado no caderno uma figura do bonde puxado por mulas que existia antes do bonde elétrico; muito interessante. Os comentários surgem até dentro da família dos alunos como estes: a mãe de uma aluna comentou para a filha que sua avó disse que ela viveu esta época do bonde com mulas mas, que logo entrou o bonde elétrico. E que a vó dela tinha uma boneca toda de louça que usavam muito naquela época. Isto tudo comento com todos os alunos para refletirmos na mudança dos tempos, costuro assuntos para integrar e surgir mais comentários. É muito bom.
Aproveitei e mostrei a localização no mapa da cidade de Porto Alegre, o Rio Grande do Sul e o Brasil. Pretendo retomar este conteúdo em uma próxima oportunidade .

terça-feira, 15 de abril de 2008

REFLEXÃO SOBRE A DEFESA DA SÍNTESE

Porto Alegre, 28 de março de 2008.

Reflexão sobre a defesa da síntese

Seminário Integrador IV – Professor Silvestre Novak

Aluna Rosali Cunha Thomas

A apresentação da defesa síntese no ano de 2007 é comparável a que faço hoje como reflexão sobre ela. A informática na ocasião do início da minha faculdade quando foi apresentado na escola não houve muita motivação e interesse. Possivelmente, porque na escola há apenas um computador na secretaria que funciona para interesses da instituição escolar. E na época não havia muita informação quanto a utilidade do ensino de informática para os alunos quanto menos um blog para a escola. A criação e manutenção do blog da escola na qual leciono sou eu que faço ,sozinha, desde o ano de 2006.E hoje, houve mudanças de interpretações pelas pessoas referente ao assunto. Visitam o blog e comentam as informações.

Explicando melhor eu tinha uma pequena dúvida que pudesse ocorrer a indiferença com as disciplinas diferentes como a do teatro porque a escola não está acostumada a ensinar aos alunos.

O ano de 2007 para mim foi de muita responsabilidade pessoal, ter que trabalhar com a disciplina de teatro sem ter muita experiência; foi um desafio muito estimulador.

E na escola o Projeto Político Pedagógico (P.P.P.) ainda não foi atualizado.

A minha defesa síntese foi sobre o teatro na escola e o desconforto ocasionado às vezes quando informamos o tipo de trabalho que pretendemos fazer na escola ou na sala de aula e não há subsídios e interesse para que ocorra de uma forma satisfatória.

Principalmente, relativo ao teatro que considero uma peça chave quanto a estimulação do prazer na aprendizagem. Os pais e os alunos não entendiam muito porque estava utilizando este meio de educação na alfabetização, o teatro. E não conheciam nenhuma professora antiga na escola que tivesse utilizado.

O objetivo foi vencido apesar dos obstáculos. Hoje, acredito ser relevante utilizar “o diferente” na aprendizagem até mesmo para pesquisas futuramente.

A reflexão feita por mim sobre a integração que houve com todas as interdisciplinas ministradas pelos professores da Faculdade durante todo o semestre auxiliou-me para perceber a necessidade de apresentar a síntese do que os pais e a direção da escola avaliou sobre o meu trabalho.

Seria muito fácil eu avaliar a síntese em defesa sem vivenciar ou sem ter muitos argumentos críticos construtivos de aprendizagens. E o somatório de outros argumentos e evidências só teria a acrescentar na minha apresentação.

E na disciplina Seminário Integrador foi feito uma atividade onde aprendi que argumentos e evidências são necessários para uma demonstração do trabalho a ser apresentado. Então, apresentei no final da apresentação os manuscritos para a tutora Fátima e a professora que são os relatórios dos pais e responsáveis com a descrição das aprendizagens de seus filhos escrito de seus próprios punhos.

Fiz este pedido aos pais de reflexões sobre mudanças de atitudes de seus filhos (aprendizagens) no final do ano. Acredito que talvez teria sido mais aconselhável um acompanhamento trimestral dos pais comigo.

Por estar em estágio probatório é um pouco contraditório e estranho para algumas pessoas, que eu sugestione na escola informações de informática, cursos e conteúdos das minhas aprendizagens. E que precise comprovar com experiências e fotos os trabalhos para a faculdade. É muito gratificante todo este empenho porque estou muito bem na escola com as aprendizagens de meus alunos e recebendo em troca muito respeito e carinho das colegas e alunos (as).

E com estas experiências comprobatórias defendi que a aprendizagem diferente do habitual e bem dirigida (pela faculdade) resulta em resultados positivos em vários sentidos. Inclusive na elevação da auto-estima do ser humano.

sábado, 12 de abril de 2008

RELAÇÃO DO SER HUMANO E AMBIENTE

A representação dos desenhos pelos alunos refletiu muito entusiasmo. No início estranharam um pouco porque tinham que pensar para desenhar as figuras pedidas. Mas, no transcorrer da aula senti que gostaram e acharam interessante. Não pediram ajuda de colegas.
Percebi a semelhança dos desenhos ao desenharem "Deus", a maioria desenhou um crucifixo e um homem dependurado. No desenho da árvore percebi que não esqueceram que estamos na estação do outono porque desenharam as folhas caindo. Mas, uma criança chamou-me a atenção ele não desenhou o pai e ao tentar desenhar a palavra raiva novamente tentou desenhar o pai e apagou; desenhando um cachorro raivoso. Esta criança tem dificuldade na aprendizagem por mais que converse com ele demonstra estar invocado e distraído.
Neste trabalho percebi que a psicologia e o ambiente estão interligados. A criança não mente ao desenhar porque desenha o que sente e vê. Os olhos da mãe desenhados pela criança estavam esbugalhados. Confirmei situações da família e comprovei que a mãe é aidética, o pai foi assassinado por traficantes. Acredito que toda vez que fizer este trabalho me ajudará a compreender como meu aluno vive em casa e o quanto que tenho que ter de paciência e carinho com ele. Ao conhecer o meu aluno percebo a integração do conhecimento adquirido ao planejamento. E percebo a transformação que sinto; um prazer ao ministrar as aulas. É a realidade do que vivemos se mostrando para mim e penso na mudança que posso fazer e de ser um pedrinha no ocêano desta transformação.

sábado, 5 de abril de 2008

Período de operações concretas

Vou escrever sobre esta experiência que eu utilizo por minha conta em sala de aula e que os alunos aprendem com curiosidade. Há três anos eu utilizo o calendário mensal durante o ano e foi muito positivo na aprendizagem. Sempre no início do ano no mês de março distribuo xerox do calendário. O calendário possui números grandes. Todo dia antes de colocar o roteiro no quadro com a data, peço para os alunos dizerem o número do dia atual e pintá-lo com uma cor diferente no xerox colado em seus cadernos. E no transcorrer da aula pergunto quantos dias tem o mês e a semana.
Para ressaltar o nome do dia da semana que todos tinham dificuldade de lembrar disse: - Todos temos um nome então, os dias da semana também têm. Parece que começaram a entender a partir daí.
Uma aluna ao fazer um exercício de números vizinhos não conseguia entender qual o número que vinha antes e o que viria depois. Então também utilizei o calendário para ela raciocinar que o dia de ontem vem antes do dia de hoje. Percebo que é importante mais práticas neste sentido para ela. O calendário tem me auxiliado em muitas aprendizagens. No início disseram-me para utilizá-lo expositivo em sala de aula mas, não observei muitos resultados. Porque os alunos olham, eu falo e parece que o que eles não manipulam não percebem com exatidão. Ao distribuir os meses durante o ano os alunos colam, pintam no caderno e no final conhecem até as fases da lua (porque perguntam sobre os desenhos desenhados no calendário).
O aluno aprende noção de tempo, dias e espaço.