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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

SÍNTESE DO FILME 12 HOMENS E UMA SENTENÇA * FÓRUM

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PEDAGOGIA A DISTÂNCIA: ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA SEMINÁRIO INTEGRADOR III – B

PROFESSOR SILVESTRE NOVAK


COMPONENTES DO GRUPO:

RAQUEL HENCKE

RAQUEL PINTO FLORES

RITA DE CÁSSIA CASTIGLIA FREIBERGER

RONI ZANI DOS SANTOS

ROSALI CUNHA THOMAS

ROSELAINE DA MOTA ZANETTE

SABRINA VOLTZ

SANDRA APARECIDA DA SILVEIRA COSTA

SANDRA MARIA CARONI

SANDRA ZAMINHÃ MENDONÇA

Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não acredita em sua inocência, mas também não o acha culpado. Decidido a analisar novamente os fatos do caso, o jurado número 8 (Henry Fonda) não deve enfrentar apenas as dificuldades de interpretação dos fatos para achar a inocência do réu, mas também a má vontade e os rancores dos outros jurados, com vontade de irem embora logo para suas casas.


O filme “doze homens e uma sentença” uma obra do ano de 1957. Comprovadamente antigo, contudo, totalmente moderno para os tempos de hoje. Revela-nos uma história inaceitável em termos de condenação; a um rapaz de 18 anos. Um filme que demonstra ser jurídico e transcorre totalmente em uma sala onde os jurados por meio de evidências e argumentações decidem a morte ou a vida de um ser humano. Nesta trama há um amplo enredo reflexivo para nossas vidas que cria uma expectativa de evidências e argumentações dentro do contexto escolar. Neste filme constatamos que a utilização do teatro em nossas vidas para refletirmos por meio de outras pessoas torna-se necessário. É um filme que não fez sucesso quando lançado e de certa forma é até compreensível porque reflete nossas reações como seres humanos como o preconceito e a estupidez humana na hora de julgar as pessoas.

Todos nós somos seres humanos e como tal portadores de passado, presente e futuro. Temos diferentes personalidades construídas pelas alegrias, tristezas, traumas e em conjunto vem a parcialidade da diferença social. Quem é o culpado disto tudo? Evoluímos e ao defender uma pessoa é que notamos a nossa essência do “ser” humano enfim, a nossa raiz de irmão.

O 8º jurado Sr. Davis (Henry Fonda) não acreditava na inocência do rapaz, mas demonstrava a preocupação responsável que tinha como jurado pela vida humana que estava sendo julgada e poderia ser levada à cadeira elétrica por um erro leviano e onipotente. Ele não se deixou levar-se por preconceitos, por sentimentos e situações mal resolvidas entre pais e filhos ou pelo calor insuportável do dia (29/09/07, Roselaine).

Havia sim um forte preconceito do júri popular contra o rapaz, influenciando a condenação. O filme levantou a questão de um rapaz que passou uma vida inteira sendo maltratado pelo pai e pela sociedade e que deveriam questionar a respeito. Refletindo neste sentido imagino que somos professores intermediários do meio social entre a criança pobre e a sociedade. É importante influenciarmos neste sentido sendo conhecedores de uma educação que pode complementar o que hoje está faltando como os valores humanos.“Este filme nos faz refletir o que estamos fazendo com os alunos e se estamos ocupando somente as evidências superficiais para analisarmos o seu crescimento em suas aprendizagens.” (Raquel Flores 04/10/07).

Refletindo o filme, chegamos à conclusão de que não devemos nos aventurar com inseguranças e sermos manipulados pela sociedade com baixos salários( o que pode nos fazer desistir do nosso enfoque principal que é a educação). Porém, devemos acreditar que ao educar estaremos preocupadas com o bem do ser humano em geral e assim,conseguiremos encontrar o caminho certo para todos nós. Porque uma das evidências deste ato foi comentado pelos jurados sobre a educação do menino na favela.. A colega Roselaine comentou o seguinte: “-Deparei-me com uma turma de 27 alunos e, de repente, deu-me o maior medo, a minha vontade era fugir do novo. Então comecei um processo de achar defeito em tudo e, o mais preocupante, não estava sabendo lidar com um desses alunos. Ele exigia a minha atenção a toda a hora, a todo o momento. Colocava à prova minha autoridade e o meu afeto. Entristeci-me, de uma maneira tal, que acabei voltando para a psicoterapia. Lá, dei-me conta de que quem estava fechada para o novo era eu: com meus medos, minhas perdas, minhas incertezas, meu egoísmo, minhas emoções mal resolvidas. Então, resolvi buscar dentro de mim as respostas: Por que eu estava negando meu afeto e meu coração àquele menino tão sofrido, tão rejeitado, tão carente de afeto? Por que o tranformei em "Cristo"? Que valor estava dando para essa vida? E foi dentro de mim que encontrei as saídas. Fui à luta. Lutei contra todos esses meus conflitos internos e resolvi conquistá-lo, verdadeiramente”. (Roselaine 05/10/07).

“Mas o que mais ficou marcante para mim foi o pouco caso com a vida de outrem. Um jurado queria condenar o rapaz só para poder chegar a tempo em um jogo!!!!!! Às vezes, na nossa pressa deixamos de nos dar conta das necessidades dos outros aos quais só querem que alguém pare e preste atenção. Um aluno que incomoda pode só estar pedindo socorro. (Sabrina 5/10/07)”. Ás vezes tentamos demonstrar com o nosso trabalho melhorias para o ensino que são provas de que devemos fornecer para mudar a educação. Melhorias que podem servir de exemplos para pais, alunos e direção da escola. Parece incrível mas precisamos do diálogo para interpretar e julgar com segurança nossa direção de escola,colegas,o presidente ou um amigo. Que bom se não precisássemos fazer como o ator Henry Fonda argumentar para mudar as interpretações das pessoas só que como vimos, é necessário. Tão relevante como dar provas de atitudes e de exemplos. Porque são seres que tantas vezes possuem o poder e não sabem aproveitar para o bem em comum como os jurados do filme, queriam mandar matar sem saber bem o motivo e a conseqüência deste ato. Esses seres possuem as mesmas características que todos temos: resquícios de uma educação egoísta, manipuladora e preconceituosa.Quando somos conscientes, dificilmente, teremos tal atitude. Um sonho? Não, uma realidade. O mundo está movimentando-se no sentido de proporcionar o bem ao ser humano, já vimos muitos exemplos na televisão. A entrevista na TV.COM com a professora Tânia Fortuna sendo entrevistada pela apresentadora de televisão Tânia Carvalho no dia 12/10/07 às 15h. Foi muito importante o recado que deixou no final do programa, “nenhum sujeito se torna adulto sem ter sido uma criança.”. “Quando vivemos uma infância normal sofremos influência do meio social favorável. Conseqüentemente, influencia na vida adulta.” A criança que brinca gera consistência possibilitando a criatividade de enfrentar a vida de uma outra forma com muito mais segurança, acarretando em uma infância normal”.(Entrevista Tv. Com).

Na condenação do rapaz de 18 anos havia as seguintes provas que viraram evidências após as argumentações do jurado e ator Henry Fonda: a faca, a ida do rapaz ao cinema na hora do crime, a vizinha que viu um homem pela janela, o preconceito de ter tido uma infância pobre, um senhor manco que disse ter visto o rapaz. Todas essas são informações importantes e que poderiam tornar-se uma prova real de que foi o rapaz que matou seu pai.

A colega Roselaine comentou “As argumentações do Sr. Davis (8º jurado) a serenidade, o equilíbrio emocional, usando racionalmente seus argumentos para tentar mostrar aos outros a possível inocência do réu, mesmo que toda a sala se enchesse de conflitos devido ao pouco caso e a má vontade dos outros jurados em fazê-lo.Tive a nítida impressão que esses conflitos inspiravam-no e, digo mais, encorajavam-no a buscar o convencimento dos outros companheiros. Para isso serviu-se de argumentos inteligentes, precisos, sem sentimentalismos ou moralismos inúteis, sem deixar nenhum jurado perdido em sua retórica. Todos os outros vão construindo a unanimidade de seus veredictos, mesmo contra a vontade. O olhar seguro de Davis é brilhante”. ( Roselaine, 09/10/07).

Os argumentos do 8º Jurado (ator Henry Fonda) foi que a faca poderia ser comprada em qualquer comércio ali perto. Conseqüentemente, qualquer um poderia ter matado o pai dele. Um outro argumento era a ida do rapaz ao cinema na hora do crime, nem um argumento poderia contestar o seu aparecimento ou não no local, pois ele poderia ter dormido no filme ou simplesmente esquecer-se do nome do filme. Além do mais, a vizinha que tinha visto um jovem pela janela, que supostamente também seria uma prova do crime. No entanto, na argumentação do jurado (Henry Fonda) ela não poderia ter enxergado porque a senhora estaria deitada naquele momento e durante o dia costumava usar óculos.Como então teria enxergado?Enfim, segundo ele mesmo a senhora estando de pé ou deitada, ela não enxergaria sem óculos, ainda mais em um espaço de tempo tão curto. A argumentação do 8º jurado a respeito do senhor manco, o qual viu o rapaz percorrer o corredor, era de que o senhor não obteve tempo suficiente para visualizar, se teria sido realmente o rapaz acusado. Quem comprovou isso foi o ator (Sr.Davis) que caminhou imaginando os passos do homem manco pela sala; no filme.

“Concluindo, em qualquer época que existirmos, nós seres humanos estaremos exaustivamente julgando uns aos outros, senão pararmos para refletir que não devemos julgar-nos. Somos réus e jurados a todo o momento. Mas reconhecer nossos erros e melhorar nossas atitudes em qualquer área profissional se torna inevitável, para evitarmos erros maiores. Sendo assim, veremos a diferença na história de nossas vidas que se repete como um filme no cinema; na educação.”

Rosali Cunha Thomas.

Bibliografia:

Cineplayers.com/filme

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