O adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações interpessoais de um modo diferente daquele da criança e do adolescente. Traz consigo uma história mais longa (e provavelmente mais complexa) de experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo externo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas. Com relação a inserção em situações de aprendizagem, essas peculiaridades da etapa de vida em que se encontra o adulto fazem com que ele traga consigo diferentes habilidades e dificuldades (em comparação com a criança) e, provavelmente, maior capacidade de reflexão sobre o conhecimento e sobre seus próprios processos de aprendizagem.
Set/Out/Nov/Dez 1999 N º 12
A turma é composta por 25 alunos com idades de 7 até 10 anos. Atualmente, encontram-se no estádio operatório concreto, neste período do segundo semestre do ano de 2009. O material concreto é utilizado desde o início do ano quando havia crianças com seis anos. Este estádio, nas palavras de Elkind (1978, p. 95), “[...] se caracteriza pela possibilidade da criança fazer com a cabeça o que antes tinha que fazer com as mãos”. O estádio anterior a que se refere é estádio pré-operatório (dos dois anos aos cinco/seis anos).
A atividade com material concreto de tampinhas é muito positiva para aprendizagens onde a criança constrói a unidade. Neste período os alunos já compreendem as relações funcionais. Observo que nas primeiras tentativas de incorporação do objeto (as tampinhas) para atender suas necessidades de aprendizagens no manuseio é normal cairem das mesas no chão e não dizem nada só juntam o objeto e não contam permanecendo sem exigências de mais ou menos. Quando conseguem assimilar os números com suas quantidades até nove, por exemplo, e eu digo: - Favor conferirem se todos têm nove tampinhas. Rapidamente, já conseguem dizer está faltando uma, duas ou eu não tenho nove! Cada aluno conta as tampinhas, assimilando a quantidade. Comparando a quantidade de tampinhas com outros objetos como palitos de pirulitos e lápis. E aqui já se percebe alguma reversibilidade no pensamento da criança. Conseguem pensar na quantidade sem utilizar o material concreto para as operações de adição, subtração identificando com suas realidades. Atualmente, a ordem das unidades, dezenas e centenas atingiu um equilíbrio apesar de passarem por vários desequilíbrios como dúvidas entre assimilação e equilibração. E nas histórias matemáticas a interpretação é feita por meio do desenho que eles constroem ao lerem. O objetivo é que interpretem com mais segurança facilitando o acerto das operações. O ensino-aprendizagem de um adulto não deve ser ministrado com atividades infantis conforme o parágrafo escrito no início do relato.
Referência:
Jovens e adultos, conhecimento, aprendizagem Autor: Marta Kohl de Oliveira
acesso dia 24/10/2009 às 22:30h