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sábado, 18 de abril de 2009

EXPERIÊNCIA - 2º ANO no contexto escolar

Na conversa que tive com a mãe de um aluno obtive reflexão junto com a mãe de uma atitude que ela não teve no ano passado e que já poderia estar usufruindo na estrutura familiar. E que ajudou-me a esclarecer uma dificuldade que devido a não observância desta atitude ocasiona muitos discussões entre pais e professores. Às vezes, não notamos como é importante observar o aluno na sua indisciplinaridade. Observei não com a intenção de chamar a atenção dele ou de condená-lo mas, de enxergar os motivos que ele apresentava para não acompanhar a turma em suas aprendizagens. Ele é um menino quieto, calmo e até risonho. Queria tentar ajudá-lo porque não está conseguindo desenvolver a caligrafia satisfatoriamente. E ele algumas vezes, lê e outras não lembra o que lê sente-se inseguro. O aluno demonstra sono, fala sozinho, senta na classe e só faz o que eu mando; tipo um robo. Por exemplo, enquanto todos já tiraram o material da pasta ele fica olhando para mim, para os lados, se distrai e não coloca o material de estudo em cima da carteira. Quando eu falo para ele tirar o caderno da pasta ele diz: -"HÃ eu vou fazer"...E Faz. De repente, está sem escrever enquanto todos já estam terminando o pequeno roteiro. Diz que machucou o dedo e afirma que não pode copiar do quadro. Coloco um band-aid e justifico que não irá doer e que pode copiar. Na hora do jogo pedagógico terminar digo a todos que, acabou o horário de jogar o jogo, neste momento a colega que está com ele tira os cartões do dominó de números da mão dele e ele morde a menina. E a garota vem reclamar-me.
Percebi ser estranho o modo de como se comunicou para repreender a menina de tirar o jogo dele. E comentei que devemos nos comunicar por meio das palavras. Então, como de costume pedi que ele pedisse desculpas para a colega. Ele disse que não pediria. Então, disse que mandaria um bilhete para sua mãe para ver se ele pediria desculpas rapidamente. Posso escrever um bilhete para sua mãe fazer-lhe pedir desculpas. Ele respondeu: Eu quero bilhete. Fiquei surpresa. Percebi que eu e a mãe não falamos a mesma linguagem. Se ele preferiu o bilhete talvez ache que a mãe concorda em não pedir desculpas.
E escrevi o bilhete. Continuei a aula surpreendida com a atitude daquele menino calmo.
Conversando com a mãe:
Ao iniciar a conversa com a direção da escola presente perguntei para ela como era o seu filho no ano passado em sala de aula. Comentou que a professora teria reclamado do sono do aluno e de que ele deitava ás 10h da noite. É uma mãe calma e verifiquei que era verdade. Continuei o caminho porque não havia descoberto ainda a causa. Perguntei se ela havia estado na reunião dos pais. Disse-me que sim. Então disse: _Você deve lembrar que comentei com os pais que os alunos daqui para frente teriam que ter um horário certo e ambiente propício para suas atividades em casa. -Sim eu lembro. Ela disse-me: - Eu chego de noite para ajudá-lo a fazer o tema e a letra dele é incompreensível. Ele não tem condições de fazer durante o dia porque fica na creche. Perguntei por quê?Argumentei que conhecia crianças que fazem o tema na creche. A direção da escola perguntou: - Você paga a creche? Ela respondeu: - Sim. -Então podes pedir para que façam o tema com ele. Depois expliquei a importância do tempo dos pais com a criança. Dizendo-lhe que o importante é o tempo ser de qualidade e não de quantidade. E que o menino é amoroso, calmo e estava modificando suas atitudes porque se sentia incapacitado frente aos colegas que fazem o tema, tem uma letra melhor e pedi um caderno de caligrafia para a mãe. Disse-lhe que ele iria ficar comigo um ano mas, com ela ficará a vida toda. Temos que fazer algo e mudar agora porque depois de criado é muito mais difícil. E ela concordou.
Expliquei que trabalho boas maneiras como pedir: por favor, com licença, muito obrigado e ela concordou comigo que deve ser assim para educar.
A direção da escola auxiliou-me dizendo à mãe que ele deveria ser estimulado com os dedos fazendo muitos exercícios para escrever melhor. E com a boca e a língua exercitar também para desenvolver a linguagem. Orientei que um canal muito bom para as crianças assistirem é a TV educativa.
A escola forneceu um novo caderno para o aluno. E assinamos a ata.
A direção disse-me: - Rosali percebi que a escola deve fazer uma parceria com as creches seria um auxílio a mais para os pais e os alunos.

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